segunda-feira, 21 de março de 2016

Qual é a notícia de hoje?



Alguns conhecidos ou não conhecidos estarão com som ligado e litrão no chão, achando isso tudo uma piada. Comendo salsicha, tomando Corote, sem ter a menor ideia do que é  Congo, Acre, UFRRJ, cota, Enem, origem, Bolsa Família, dever, direito ... 
Qual é a notícia de hoje?


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Das Emergências aguardente.

       Birosca fechada. Meu vizinho diz ,  D. Jamilina  tô precisando de uma EMERGÊNCIA  da senhora, tá ouvindo? E minha mãe diz, pode falar “fulano “ tô ouvindo (e eu conversando com ela e ouvindo também). Então ele continua,  a senhora já fechou eu sei, mas tem como me atender, pois tô precisando de uma garrafa de Corote? Eu pensando que era uma dúzia de ovos, uma caixa de leite ou açúcar ... uma Corote, rsrsrs.
É cada um com seu cada um!



terça-feira, 13 de maio de 2014

Olho Vivo, Faro Fino e blá, blá, blá

     Sou receptiva e até engraçada juro, embora algumas pessoas pensem,  não sou introspectiva ou roqueira   esquisita. Elas não sabem , talvez por que não sejam  ou foram pacientes, não quiseram, ou sei lá são HOMOFÓBICAS mesmo, as pessoas são e pronto.  

     Entretanto o  que eu aprendi nesses meus pouco anos no planeta terra foi,  EU DECIDO, EU ESCOLHO  quem  quero por perto. O “coração “ as vezes se simpatiza com uns e outros não, as tais decepções  surgem  é a lei da convivência, não tem jeito. E tem gente, juro, não está nem ai para as minhas lágrimas e decepções, é a defesa do nosso pregador de peças,  boicotador  e maior amigo/inimigo, o cérebro.

     Penso que somos como parabólicas, mas só  sintonizamos o que queremos. Se por ventura essa parabólica quebrar e sintonizar alguns canais,  consertamos ou permitimos ficar quebrado. Mas não vamos nos iludir tanto, não somos livres e somos sim fantoches  da sociedade. Ninguém, ninguém está imune.

      Aprendi que quem muda somos nos mesmos, não sou mártir de ninguém, os outros são os outros, não sou o centro do universo, que as pessoas morrem, que as pessoas das outras pessoas morrem, que os amigos se renovam, frequentar uma Universidade  não quer dizer muita coisa, que a  chuva molha e a rua inunda...
Olho todos os lados, escuto todas as opiniões e  prefiro as consequências do Livre arbítrio.

P.s. Ah, sou apenas uma palhaça reservada que se ferra algumas vezes, ohhhhhhhh



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domingo, 8 de dezembro de 2013

Enchente em Japeri


Quinta-feira quatro de dezembro deve ter sido algo próximo do “Inferno de Dante” pra qualquer cidadão do Estado do Rio de Janeiro, não digo carioca, pois torna-se limitador demais. Para Mara, minha mãe e eu não foi diferente.  Fiquei presa na Rural, naquele temporal e  Mara também presa em outro ponto da cidade, não tirava a cabeça de casa. Quando enfim consegui chegar em Japeri, ou melhor Engenheiro Pedreira, simplesmente não conseguia atravessar a cancela,  o outro lado estava alagado. Tem um bolsão de água eterno, mas parecia acima do costume. Decidi largar o carro em uma ladeira ali perto  e correr pra casa  a pé ... estava disposta até aprender nadar naquele momento.  
Quando atravessei pela passarela caminhei alguns metros e encontrei outro bolsão de água, próximo ao posto de gasolina. Pra completar após mais uns 60 metros depois não havia mais energia elétrica, só enxergava quando um carro cruzava por mim, aumentando  o desespero, pois iluminava as  ruas próximas ao rio e revelava mais alagamento. Essas ruas estavam com aproximadamente 70cm de água ou mais. 
Cheguei em casa e encontrei aquilo que imaginava, minha casa alagada  e minha mãe desesperada preocupada comigo e com a Mara, que se encontrava presa no trânsito na altura de Anchieta, junto com duas colegas de trabalho. Não tinha energia elétrica, o que de certa forma é compreensível, os telefones também não funcionavam, estávamos todos de fato  isolados. Apenas, digo apenas 25cm de água,  pois ali no bairro composto de 5 ruas muitos perderam tudo, tudo mesmo. Meu bairro parece algo como um declive e esse rio/valão divide quase no meio.
Quando enfim a água recuou, sobrou lama, muita lama, dentro e fora da casa e a noção dos prejuízos materiais  e também psicológicos. A ponte da minha rua ( todas  daqui tem  pontes) foi abaixo, a contenção da lateral da minha casa foi junto e parte do muro da frente está comprometido. Era como nos  meus pesadelos, sem o surrealismo claro, entretanto ainda desesperador. Perdemos alguns objetos sim, ninguém sai ileso de algo desse porte, mas o  que me deixa mais angustiada e a possibilidade de acontecer de novo e viver esses momentos, novamente.
A energia voltou por volta das 2:30 da manhã e os telefones minutos depois. Só então consegui saber onde Mara estava, era angustiante  meu último contato com ela foi por volta de 21hs e 40 e pra quem saiu do trabalho as 17hs, era de causar agonia, e sim ela  estava bem. Chegou por volta de uma hora da manhã, também depois de  uma jornada casca grossa, todas as amigas foram dormir em Nilópolis na casa da mãe dela. Eu não consegui dormir, cochilava e acordava assustada.
O cheiro da lama não sai do meu nariz, estamos desde sexta tirando,  quanto mais você joga água mais ela dilui e espalha. Jogando objetos fora, aquele ritual referente a esses ocorridos. No mais  estamos cansadas, desanimadas, mas  na medida do possível ok. Boa parte da lama de dentro de casa já foi retirada, falta uma limpeza mais minuciosa e retirar toda a lama dos arredores da casa.  A TV já está no lugar, digo isso pois minha mãe angustiada e cansada dizia  “gostaria de ver um pouco de TV” ,  válvula de escape.
Decidi parar um pouco e escrever alguma coisa, afinal já passou de meia-noite. Escrever bobagens sempre funciona como válvula de escape desde a adolescência. Até por que não tenho disposição pra mais nada e preciso manter o ritual no domingo, na segunda, na terça. Acho que não terminaremos tão cedo.
Meu carro  levou uma porrada na traseira continua batido, de leve mais tá feio, não abre o porta-malas e parece que não conseguirei  um acordo amigável. Não contei sobre o carro? Deixa pra outro dia...
 Vida que segue e que 2013 acabe logo, por favor.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Nosso fantasma de cada dia






As vezes eu ouço pessoas reclamando e criticando negativamente bandas em formato duo ou Power trio, formatos antigos diga-se de passagem.  Os nossos  trabalhos e compromissos adversos, faz desses formatos algo atrativo sim, embora também complexos. Estou  usando complexo aqui pra agradar o povo que faz jus apenas as coisas com complexidade. Para os que só enxergam beleza no tal belo tradicional ou que pensam que três acordes e cores primárias são fáceis de usar.

Esses formatos  são interessantes também e principalmente para mulheres acima dos trinta que ainda gostam de tocar seus instrumentos musicais.  Mulheres com gama de responsabilidade  sim, mas cobradas ainda  em  pleno século XXI... cobradas para descascar batatas, entendam como quiser e substitua pelo  que interessar.  Quem nunca ouviu pra si ou para outra mulher a frase “ não tem o que fazer? Vai lavar uma louça!”, achando os tais trabalhos intelectuais coisas demais para mulheres, quiçá não achando nada mesmo.Vai ver essas atividades artísticas, digamos intelectuais e blá, blá, blá, sejam  nada demais mesmo, mas pra qualquer  macho ou fêmea. Entretanto o valor disso é outra história.

Voltando ao assunto, Eu ainda ouço que existem poucas mulheres nessa ou naquela atividade artística. São poucas sim, embora  na realidade por preguiça de pesquisar o assunto também. Você acha mesmo que o mundo da pintura se resume a incrível Frida Khalo? Ou vejamos na esfera masculina, só Da Vinci pintava naquele período? Surgiu algum pensamento de juízo de valor por ai? É provável.

 É,  talvez sejamos  um número “menor” mesmo, porque enquanto  os “dominantes” pensavam,  lavávamos cuecas, ninávamos bebês por imposição, não por escolha. E as mulheres abastadas? Bom, essas aprendiam a  tocar piano para  entreter os  intervalos das reuniões de família ou negócio,  outras escondiam seus escritos embaixo do colchão. Ah, mas  dizem que Heitor Villa Lobos também escondia seu violão embaixo da cama, um homem!!! Pois é um homem,  e outra história. Um homem autorizado a entreter um  público e ganhar por isso. O violão era proibido por ser coisa de vagabundo. A mulher caso sonha-se com a carreira  seria, assim com letra maiúscula mesmo,  A vagabunda.
   
Será que não estamos nos permitimos novas imposições? Imposições do nosso tão ansiado (dinheiro move a vida),  trabalho? Imposição do cansaço moderno? Nos tempos atuais, tudo não seria  mera desculpa da ... imposição? Será que teremos de ser cerceadas dos nossos sonhos e utopias para podermos lutar contra nossos fantasmas? Esse texto de começo confuso talvez contenha apenas palavras soltas, mas  com certeza nasceu de uma situação feliz ocorrida essa  semana, junto também com partes da reflexão no  livro  “Profissões para mulheres e outros artigos feministas” de  Virginia Woolf.  Vale a pena folheá-lo um dia e refletir se,  nosso fantasma de cada dia  nos tempos atuais é compreensivo  ou  mera desculpa. 

Talvez  retorne e modifique o texto,  mas por enquanto é só. Meus instrumentos musicais e de desenhos  aguardam, melhor   evocam minha presença. Preciso atender essa, imposição? Sim esse é meu livre arbítrio.
 
O link abaixo tem um trecho do livro:  
http://www.lpm.com.br/livros/Imagens/profissoes_para_mulheres_trecho.pdf

> É tem mulheres  abdicando do seu livre arbítrio...
>> Minha mãe ( meu pai também)  na minha infância  e juventude  soprou algumas pérolas;
>>>  E pensar que existem mulheres gays tratando  suas parceiras da mesma forma, ou seja como empregadas domésticas; 
>>>> Imagem usada: Estudo  feito com carvão  na aula de Modelo Vivo I (UFRRJ);


domingo, 21 de julho de 2013

Karma Police, Thinking about you


Estou pensando enquanto a água ferve para o café.
Ao fechar os olhos  as notas batidas no piano pululam  e
Se entrelaçam com os dedos dos acordes do violão

Em 1:18 os dedos massageiam meu globo por sob as pálpebras.
E vem o movimento de pêndulo

Outra recomeça, um violão espancado,  a palheta
Rasga a pele, e esguicha ... lágrimas

No que eu penso? Causa e efeito?
Eu passei o café, 
só esqueci de tomar.

"You've got the music in you, don't let go"


Pelo final da década de 90 alguns aplicavam suas queixadinhas sobre o "New Radicals" e qualquer coisa desse ou outro  gênero. Então  as rádios agora não tem mais "bandinhas desse tipo", o rock no rádio morreu, e suas queixadinhas agora podem ser irrelevantes e a minha também. 
Antes era rock coisa ruim e rock coisa boa, Música de verdade, música do Pinóquio, ou POP ( Smiths, Iron Maiden e Legião são pops), lembrando do parâmetro bom pra sí mesmo, nesse momento.
 Queixadinha aqui e acolá, sem o retorno do rádio, Jaba mais que oficializado e  preguiça instalada no primeiro andar do desejo de buscar música nova do sujeito. 
60 gbs de música que vc não consegue ouvir no seu MP3PODS da vida e a maioria um flashback dos infernos. Nada contra  Bebê, recordar é viver, mas será que realmente não existe coisa nova e interessante?
 “ inhantes” era Cidi Guerreiro e U2.  “ inhagora” toda essa massa sonora ...  atochada nos tímpanos de quem quer e não quer ouvir.  Tem espaço!Não digam isso.  O sol nasce pra todos, mas em alguns pontos é mais intenso que outros.
É Lobão  tens razão. Mas poucos te ouvem, o rádio ,ah o rádio. 

"You've got the music in you
Don't let go"
New Radicals

Copyright © 2010