sexta-feira, 29 de março de 2013

Percepções

    
      É,  o tempo está agradável, não parece o Rio de Janeiro.  Minha casa tornou-se meu refúgio então. No quarto Mara toca guitarra, Jasmelina hoje não está na cozinha ou no seu trabalho, foi  na igreja equilibrar a fé da família . Eu,  aqui entre um teclar e  textos de arte e tintas ...

      A segunda-feira parece que nunca irá trazer os compromissos, os afazeres do trabalho  estimado. E trará, pois se ela não chegar, não chegará os meus anseios, meus devaneios, minhas tintas deslizadas no Salão Nobre no P1,  os saberes de professores pronunciados de forma apaixonada, de forma contida, de qualquer forma interessante, e alguns poucos sem muita vontade.

      É necessário estar interessado naquilo que se propõe a fazer, assim não se faz com pouca vontade. Entender, compreender  e aceitar  o compromisso, mesmo se for aquilo que não planejou.  No meu caso, trabalhos os quais podem parecer distintos,  acabam dialogando de alguma maneira. Alguns ou muitos dos princípios dos conhecimentos adquiridos podem ser usados aqui ou acolá. 

    Tudo que aprendi ( não que seja muito) ligado a música, áudio (da gravação ), artes plásticas (textos e práticas variadas), cinema, a conversa  com o vizinho chato ou o papo da moça na minhoca de metal. Todas essas coisas podem vir a serem usadas de alguma maneira,  em determinado momento.  Ou nunca fui normal e minhas análises  por deveras são estranhas mesmo. Filha única conversa com paredes ( até parece que só os filhos únicos fazem isso!), com gatos e com seus pôsteres de roqueiros  um dia colados na parede.

      Termino aqui, ouço umas vozes, longe chamando ... é Gombrich ou Arnheim? Opa, cheguei nesse estágio... 


•    P1 > Prédio principal da UFRRJ
•    Salão Nobre > Onde são ministradas algumas disciplinas do curso de Belas Artes
•    Ernst Gombrich > Historiador da arte
•    Rudolf Arnheim> Psicólogo alemão = Professor de Psicologia da Arte

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